quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Jogos Matemáticos - Jogo da Onça

Aplicando jogos matemáticos em sala de aula

A interação aluno/professor nas aulas de matemática facilita o aprendizado.



O currículo proposto pela LDB não deve ser encarado pelo professor como algo a ser cumprido a risca ou como um montante de conteúdos que devem ser aplicados a qualquer custo, sem possibilidade de mudanças. O educador deve estar atento ao que o currículo oferece e tentar evoluí-lo, acrescentar a ele recursos que possam facilitar e aprimorar o aprendizado do aluno. É aí que os jogos matemáticos entram. 

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A Utilização de Recursos Auxiliares no Ensino da Matemática

O ensino da Matemática exige do profissional um conhecimento amplo em variados assuntos, pois sua abrangência principal está diretamente ligada ao desenvolvimento do raciocínio lógico e criatividade, estímulo do pensamento, habilidade na resolução de problemas e compromisso com os conteúdos aprendidos. O sucesso do estudante depende exclusivamente do licenciado, que é responsável por despertar a motivação, organização, centralização do conteúdo, senso crítico, socialização, interação educacional, autoconfiança e cooperação. Esses processos devem ser introduzidos no cotidiano dos alunos através da utilização de ferramentas auxiliares, como exemplo, citamos os jogos. Segundo Vygotsky, a criança em contato com o jogo cria situações que desenvolvem o lado mental, estabelecendo uma corrente estimuladora da curiosidade. A criança passa a ter seu pensamento estimulado, isto ajuda na concentração e na atenção, pontos primordiais no seu sucesso intelectual. 

A utilização deste tipo de ferramenta norteia a rotina de estudos da classe, considerando que o principal objetivo de criar novos mecanismos de ensino parte do princípio de fazer com que o aluno goste da disciplina. Um modelo típico de ensino paralelo são jogos como dominó, cartas, palavras cruzadas, sudoku, memória, entre outros que despertam no aluno o interesse, deixando o ensino divertido. É importante desassociar o jogo da indisciplina, deixando claro que a atividade realizada está estritamente ligada aos conteúdos programáticos. O andamento bem sucedido de uma atividade lúdica deve-se a um planejamento bem elaborado, com metas e objetivos mediante um plano de ação que admita o ensino aprendizado de conceitos matemáticos. 

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Material concreto: um bom aliado nas aulas de Matemática

Author: Raquel Martins | Filed under: Iniciação à matemática
Paus de gelado, tampinhas de garrafa ou materiais elaborados, como o geoplano e o tangran, ajudam os alunos a entender vários conteúdos.

Uma aula sobre perímetro pode começar com um problema do tipo: “Precisamos construir uma floreira retangular para a escola. Temos 20 metros de tela. Quanto deve medir cada lado dela?” Para ajudar os estudantes na tarefa, uma alternativa interessante é recorrer aos chamados materiais concretos. Nesse caso, o mais indicado para eles visualizarem a área da floreira é o geoplano – um quadro de madeira com pinos que formam uma rede quadriculada. Nele, é possível desenhar diferentes figuras geométricas com elásticos coloridos.

Há muitos outros exemplos de materiais concretos, que podem ser divididos em dois tipos. Os não-estruturados – bolas de gude, carretéis, tampinhas de garrafa, palitos de sorvete e outros objetos do cotidiano – não têm função determinada e seu uso depende da criatividade do professor. É comum utilizá-los para trabalhar contagem e conceito de grupos e semelhanças nas séries iniciais. Já os estruturados apresentam idéias matemáticas definidas. Entre eles temos o geoplano, o material dourado, o material Cuisenaire e o tangran.

A maioria dos materiais se adapta a vários conteúdos e objetivos e a turmas de diferentes idades – da Educação Infantil ao final do Ensino Médio. Eles despertam a curiosidade e estimulam a garotada a fazer perguntas, a descobrir semelhanças e diferenças, a criar hipóteses e a chegar às próprias soluções – enfim, a se aventurar pelo mundo da matemática de maneira leve e divertida.

É importante, no entanto, fazer um alerta: não basta abrir uma caixa cheia de pecinhas coloridas e deixar os alunos quebrarem a cabeça sozinhos. “Alguns professores acreditam que o simples fato de usar o material concreto torna suas aulas ‘construtivistas’ e que isso garante a aprendizagem. Muitas vezes o estudante, além de não entender o conteúdo trabalhado, não compreende por que o material está sendo usado”, afirma Maria Sueli Monteiro, consultora de Matemática, de São Paulo. Ao levar o material concreto para a sala de aula, é preciso planejar e se perguntar: ele vai ajudar a classe a avançar em determinado conteúdo?

domingo, 12 de setembro de 2010

O Jogo na Educação: Aspectos Didáticos-Metodológicos do Jogo na Educação Matemática

As crianças, desde os primeiros anos de vida, passam a maior parte do tempo brincando. Por sua vez, os adultos não entendem que isso faz parte da vida delas, e que elas têm verdadeiro fascínio pela brincadeira. Por outro lado, a escola também deveria representar papel fundamental na vida das crianças mas, a escola representa um tempo a menos que as crianças têm para brincar, e por isso começa a ser repudiada pelas crianças.

Por que não podemos unir o estudo e a brincadeira em uma atividade única que passará a satisfazer ambas as partes?

Se observarmos o comportamento das crianças quando brincam podemos perceber o quanto elas estimulam a sua capacidade de resolver problemas pois, o jogo para elas é uma atividade dinâmica capaz de colocá-las em movimento e ação.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Uma reflexão sobre o uso de materiais concretos e jogos no ensino da matemática

Dario Fiorentini e
Maria Ângela Miorim
Docentes da Faculdade de Educação da UNICAMP

Publicado no Boletim SBEM-SP
Ano 4 - nº 7

As dificuldades encontradas por alunos e professores no processo ensino-aprendizagem da matemática são muitas e conhecidas. Por um lado, o aluno não consegue entender a matemática que a escola lhe ensina, muitas vezes é reprovado nesta disciplina, ou então, mesmo que aprovado, sente dificuldades em utilizar o conhecimento "adquirido", em síntese, não consegue efetivamente ter acesso a esse saber de fundamental importância. 

O professor, por outro lado, consciente de que não consegue alcançar resultados satisfatórios junto a seus alunos e tendo dificuldades de, por si só, repensar satisfatoriamente seu fazer pedagógico procura novos elementos - muitas vezes, meras receitas de como ensinar determinados conteúdos - que, acredita, possam melhorar este quadro. Uma evidência disso é, positivamente, a participação cada vez mais crescente de professores nos encontros, conferências ou cursos. 

São nestes eventos que percebemos o grande interesse dos professores pelos materiais didáticos e pelos jogos. As atividades programadas que discutem questões relativas a esse tema são as mais procuradas. As salas ficam repletas e os professores ficam maravilhados diante de um novo material ou de um jogo desconhecido. Parecem encontrar nos materiais a solução - a fórmula mágica- para os problemas que enfrentam no dia-a-dia da sala de aula. 

O professor nem sempre tem clareza das razões fundamentais pelas quais os materiais ou jogos são importantes para o ensino-aprendizagem da matemática e, normalmente são necessários, e em que momento devem ser usados. 

Geralmente costuma-se justificar a importância desses elementos apenas pelo caráter "motivador" ou pelo fato de se ter "ouvido falar" que o ensino da matemática tem de partir do concreto ou, ainda, porque através deles as aulas ficam mais alegres e os alunos passam a gostar da matemática. 

Entretanto, será que podemos afirmar que o material concreto ou jogos pedagógicos são realmente indispensáveis para que ocorra uma efetiva aprendizagem da matemática?